terça-feira, 15 de setembro de 2015

Haikus

Haikus


Alva de pranto,
riso de cor escura
Dor nos alvedros

Ausência de pam,
tristura no sorriso
Dor acochado.

Curro da casa,
nenos tomados das maos
Luz no paraíso

Gaiola aberta,
luz livre de pássaro
 Canto na rosa.

Mar aberto,
roivém ao pôr-do-sol
 Olhar estántio.

Pam  arramplado,
fachenda no sorriso
Mortes acochadas

Rocha de vento,
pétalas de augardente
Rios de sonhos.

Roivém de sangue,
lua de mulher quebrada
Luz insepulta.
José Alberte Corral (A Corunha, 1946. Galiza)
Criou-se na bairro de Monte Alto, na Corunha, jogando entre casas de um andar e ruas alegres e luminosas. Logo, saiu trabalhar e deu en Venezuela. Participou na fundação da Agrupaçom Cultural o_Facho e militou em organizações clandestinas contra o franquismo, até fugir para o Chile de Allende, Argentina e Venezuela.
Publicou Del amor y la memoria, poesia em castelá (1ª ed.: Ateneo de los Teques-Venezuela; 2ª ed.: Emboscall-Vic) e colaborou com diversos ensaios em distintas revistas de pensamento político em Venezuela. Logo de retormar á Galiza publicou as seguintes obras: Palabra e Memória, poesia (AGAL, Galiza), Acarom da Brêtema, poesia (AGAL, Galiza), Do lusco-fusco, relatos (Baía Ediçons, Galiza), Detrás da palavra, poesia (AGAL, Galiza), Buracos no espelho, relatos (AGAL, Galiza), O livro de barro, poesia (ToxosOutos, Galiza).

(Públicado em Elipse núm. 3)

Sem comentários:

Enviar um comentário