segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A Cidade selvagem

A Cidade selvagem2


A cidade selvagem (II), fotografía digital.


Iria Beltrán Gonzalo (Vigo, Galiza)
«Cabe pensar que é possível descrever uma paisagem pelo aspeto íntimo, desapercebido e marginal das suas superfícies. Estas irregularidades podem, dalgum jeito, deslocar o espaço e converte-lo na culminação ou impossibilidade dum processo, um sobre o que nos sentimos convidados a reflexionar. Obtemos então um risco diferente da realidade. Segui-lo como se for um indício ou documento de algo passado, vem a sugerir um certo labor arqueológico, ainda detectivesco.
Pelo comum, cidades industriais como Vigo, cenário das minhas fotografias, as ruínas evolucionam sem que haja uma excessiva atenção cara elas. Ocupam espaços para o seu esquecimento, ao ritmo dos ciclos naturais. As pedras trabalhadas são ao pó o_mesmo que um papel molhado à lama verde duma fonte: um resíduo social e cultural com o que é_possível estabelecer uma certa identificação pessoal. Aqui surde um problema universal. Trata-se do eu e do outro, em qualidade de natureza interior, familiar, e a exterior, imprópria.»
(Públicado em Elipse núm. 3)

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